Confissão de uma mente arrependida.
Por Inaiara e Irene.
-Antigo 1003,
Antes de tudo,confesso que fiquei muito surpreso com sua resposta.
Tudo bem, era de se esperar uma resposta curta e grossa,como foi a primeira parte de sua carta,um pedido de desculpas,uma promessa de mudança,nada mais.
Porém,quando começei a ler a segunda parte, com tantas propostas de aproximação,de uma vida melhor,de deixar de lado essa distância,esse padrão,esses códigos que nos perseguem... Ah, a propósito,ainda não me apresentei,me chamo Carlos Eduardo,trabalho como médico e, por isso, faço muitos plantãos, e foi chegando de um deles incomodado com seu barulho e, consequentemente, não conseguindo dormir,lhe escrevi aquele recado após ter reclamado com o zelador.
E sim, lhe é permitido sonhar com outra vida,outro mundo,e é desse mundo que quero fazer parte,para isso não meço esforços. Sei que Gandhi disse que o que mais lhe é impressiona no homem é a capacidade de perder saúde para ganhar dinheiro, e depois perdem dinheiro para ganhar saúde. E é por esse motivo que até me condeno por trabalhar tanto,porém, acredito que salvar vidas é mais importante que tudo isso.
Então,quem sabe, com tudo que aconteceu,eu não possa me aproximar do meu caro e desconhecido vizinho do 1003,saber seu nome,seus gostos, e possivelmente começar uma nova amizade, mudando o nosso mundo,pois, como diz Lao-Tsé: "Uma grande caminhada começa com um único passo", e o mundo somos nós que fazemos.
Enfim, não peço-lhe que cesse totalmente o som, ou deixe de fazer festas.Quem sabe eu até não apareço ai em uma sexta-feira...
Carlos Eduardo,
-seu antigo vizinho, e mais novo amigo.
2 comentários:
AAA BONZINHO DEMAIS!!
Mentes inocentes.
Vou levar como um elogio ao nosso texto Heitor (:
SHAUSHAUSHAUSHASHA, gosto das coisas boazinhas, como você denomina.
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